A Lei do Dar e Receber: o equilíbrio invisível que sustenta as relações

Em qualquer relação humana, existe um fio invisível que liga duas pessoas. Um movimento natural e ancestral de troca. Esse fio é sustentado por algo que, nas Constelações Familiares, chamamos de Lei do Dar e Receber.

Talvez você nunca tenha ouvido esse nome, mas com certeza já sentiu o desconforto quando esse equilíbrio se rompe.

Sabe aquela sensação de estar sempre oferecendo, se doando, fazendo, enquanto o outro parece apenas receber? Ou, ao contrário, aquela culpa silenciosa por ter tomado demais sem retribuir?

A vida, em sua sabedoria, sabe equilibrar os afetos. E essa lei não fala apenas de presentes, favores ou palavras bonitas. Ela age em tudo: no cuidado, na escuta, no tempo dedicado, no amor oferecido e, principalmente, na capacidade de também receber.

As relações se fortalecem no vai e vem. Isso mantém o fluxo do afeto e da consideração.

Se damos demais, sobrecarregamos. Se tomamos demais, afastamos. E quando o movimento para, a relação esfria, o vínculo se desgasta.

Nas Constelações Familiares, Bert Hellinger dizia que quem dá demais se coloca acima, e quem só recebe, em algum momento, sente-se pequeno demais para continuar.

Por isso, em qualquer relação: seja amorosa, familiar, de amizade ou profissional e observe:

• Onde você tem dado mais do que o outro consegue receber?

• Onde tem tomado mais do que deveria?

• Onde parou de agradecer, de retribuir, de olhar para o que recebe?

O amor maduro sabe dar e sabe receber. Sabe colocar limites. Reconhece quando está demais para um lado. E propõe novas formas de equilibrar.

Isso não significa cobrar ou contabilizar afetos, mas entender que cada ação sua fala sobre você (e cada reação do outro fala sobre ele!).

Dar esperando algo em troca é como plantar uma árvore e ficar todos os dias exigindo frutos. Você planta porque acredita na generosidade da vida. Recebe porque, em algum momento, a árvore floresce. E, quando a colheita vier, você saberá agradecer.

Te convido, hoje, a fazer um exercício simples:

• Pense em três pessoas importantes na sua vida.

• Pergunte-se: como está o equilíbrio entre o que dou e o que recebo dessa pessoa?

• Onde posso oferecer mais? Onde preciso aprender a receber sem culpa?

Relações equilibradas são aquelas em que o amor circula livre, onde ninguém se sente devedor ou credor. Apenas companheiros de jornada, que trocam, se cuidam e se respeitam.

Que a sua vida seja repleta dessas trocas leves, verdadeiras e curativas.

Gostou desse conteúdo? Compartilhe com quem você sente que precisa ler isso hoje.